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Equipe da Farmácia realizou uma atividade para os pacientes que aguardavam na recepção da unidade ambulatorial
É comum encontrar pessoas que recorrem à automedicação e o uso indiscriminado de medicamento para sanar uma dor ou algum sintoma. No entanto, a utilização de medicamentos sem a indicação médica pode representar sérios riscos à saúde.
A dona de casa, Cristiane Souza de Jesus, 50 anos, desenvolveu esofagite por conta do uso sem orientação médica de medicamentos para inibir o apetite e para reduzir a ansiedade. “Usei por muitos anos vários remédios para dormir e para inibir o apetite. Tomava sem prescrição médica. Hoje, tenho que tratar uma doença que surgiu por causa da minha negligência”, explicou
Com o objetivo de atualizar os pacientes do Multicentro de Saúde Carlos Gomes sobre os riscos da automedicação, a equipe de Farmácia, conjuntamente com estagiários do setor, realizou uma ação educativa na recepção da unidade na manhã desta quinta-feira, 29/09. A iniciativa fez parte das atividades do Setembro Amarelo, mobilização que visa sensibilizar as pessoas para adoção de hábitos de promoção à vida.
“Às vezes, algumas pessoas estão passando por momentos de dores psicológicas e recorrem a medicamentos que são indicados para outras finalidades. Infelizmente, ainda temos no nosso país uma cultura muito presente da automedicação. O resultado disso tem sido o aumento de casos de infarto, cegueira e até mesmo de hepatite medicamentosa em decorrência do uso excessivo dessas substâncias”, alertou Cecília Oliveira, responsável técnica da Farmácia do Multicentro Carlos Gomes, unidade ambulatorial administrada pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, em Salvador.
Prescrição médica
A especialista afirmou ainda sobre a importância da utilização de medicamentos apenas quando tiver a prescrição médica, uma vez que seguir as orientações dos profissionais habilitados da área da saúde assegura maior eficácia no tratamento e minimiza os riscos de episódios adversos.
“Nós farmacêuticos, conjuntamente com todas as equipes de saúde multidisciplinares, somos responsáveis pelas boas práticas de dispensação de medicamentos e da otimização da farmacoterapia, afim de garantir a segurança, qualidade de vida e eficácia do tratamento dos pacientes”, afirmou Cecília.
Riscos da automedicação
A automedicação pode acarretar no agravamento de uma doença, uma vez que sua utilização inadequada pode esconder determinados sintomas e tornar mais complexo o quadro clínico.
Outra preocupação é a combinação inadequada de substâncias. O uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. Dessa forma, pode desencadear reações alérgicas graves, dependência química e até a morte.
“A interação medicamentosa pode causar efeitos colaterais indesejados ou até outras complicações mais graves. Por essa razão, também é muito importante utilizar medicamentos somente sob prescrição do profissional habilitado para evitar possíveis intercorrências que venham acontecer”, destacou.