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Discriminação é considerada pela Unaids um dos principais obstáculos para adoção de hábitos de cuidado contra HIV
O estigma e a discriminação estão entre os principais obstáculos para a prevenção, tratamento e cuidado em relação ao HIV. Isso é o que afirma o Unaids – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids.
De acordo com o órgão global, esses aspectos prejudicam os esforços no enfrentamento à epidemia de HIV no mundo uma vez que as pessoas sentem medo de procurar informações, serviços e métodos capazes de reduzir o risco de infecção, bem como de adotar comportamentos mais seguros com receio de que sejam levantadas suspeitas em relação ao seu estado sorológico.
Por esse motivo, o Unaids realizou em 1º de março de 2013, a iniciativa Zero Discriminação, mobilização mundial que chama atenção para o direito de todos a uma vida plena, digna e produtiva.
A iniciativa tem como mascote a borboleta que simboliza o processo de transformação, mostrando o compromisso de todos em assumir a transformação rumo a um comportamento aberto à diversidade e ao respeito.
Humanização e respeito
A coordenadora assistencial do Multicentro Vale das Pedrinhas, Márcia Sena, afirma que a melhor forma de combater o preconceito dentro dos serviços de saúde é com o fortalecimento da cultura de assistência humanizada, sobretudo, no acolhimento de populações com maior vulnerabilidade ao risco de infecção pelo vírus.
“O acolhimento humanizado é um dos pilares do jeito ISAC de cuidar. E dentro desse olhar de humanização buscamos sempre a promoção da inclusão e do respeito. Por isso fomentamos de maneira contínua políticas institucionais que focam no fortalecimento do atendimento mais humano, de qualidade e sempre seguro para o paciente”, explicou.
Incentivo ao diagnóstico
Em Salvador, os Multicentro de Saúde Carlos Gomes e Vale das Pedrinhas, ambos os postos custeados pela Prefeitura e sob gestão compartilhadas do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania na capital baiana, os beneficiários SUS – Sistema Único de Saúde têm acesso à testagem rápida gratuita para detecção do vírus.
A coleta é feita a partir de uma pequena amostra de sangue ou por fluido oral. O exame pode ser realizado de forma anônima e o resultado sai em até 30 minutos. Os pacientes identificados com sorologia positiva são encaminhados para rede municipal especializada para dar início ao tratamento com uma equipe multidisciplinar.
Nas unidades também é possível fazer a retirada de preservativos masculinos e femininos de forma gratuita.
“Estimulamos tanto a prevenção com a distribuição das camisinhas masculinas e femininas, bem como a testagem rápida. O diagnóstico precoce é importante para quebrar a cadeia de transmissibilidade do vírus, além de proporcionar ao paciente o início imediato do tratamento, dando maior qualidade de vida para o indivíduo diagnosticado com HIV”, explicou Paula Souza, coordenadora assistencial do Multicentro Carlos Gomes.
A realização dos testes rápidos e a retirada dos preservativos podem ser feitas nos multicentro de saúde de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 07 às 18 horas. Os atendimentos são feitos por ordem de chegada.